Ela simplesmente sorriu quando o viu, e ele soube que era a garota que esperava. Ela não queria muito, somente estava ali esperando ele falar. Os dois se olhavam. Aquele era o momento, era tudo ou nada. Ele sabia que ela era quem o fazia se sentir bem melhor, que era dela a companhia que ele mais gostava, a única certeza que ele tinha, era que ele gostava dela. Ela sabia que o seu sentimento era retribuído por ele, gostava das suas qualidades e defeitos, gostava do seu sorriso. Mas estavam ali, um diante do outro, engolindo algumas palavras, guardando sentimentos (tendo que guardar os sentimentos). Ouviam-se apenas as batidas de dois corações, dois corações apaixonados, e conseqüentemente bobos. Vieram a falar de suas cores favoritas, de alguns dos seus gostos, e até mesmo de um futuro incerto, de um futuro a dois, casados. Mas chegando a hora de partir, não precisaram de nenhuma palavra. Eles sabiam exatamente o que um queria dizer ao outro.
E o silêncio era "Eu te amo".
(Algumas partes desse texto foram retiradas de uma obra de Elis C.)